20.8.08

Prefixo 85

Estima-se que os chamados "golpes do telefone" tenham surgido no Brasil em 2006. Com eles, veio a repercussão na mídia: são tantas as ocorrências que tanto os veículos de comunicação quanto a polícia deixaram de dar grande importância.

Mesmo assim, hora ou outra ainda se vê matéria sobre isso publicada no jornal. A descrição do golpe é tão esdrúxula - no sentido não-oficial da palavra - que, ao ler a notícia, nos perguntamos: mas como alguém acredita em uma coisa dessas?

Método

No início, a moda era o seqüestro-relâmpago falso. O telefone toca e uma voz desconhecida informa que teu filho(a)/irmão(a)/whatever foi seqüestrado. Talvez tenha caído em desuso porque exigia um certo conhecimento de público-alvo: o risco de dizer para alguém que não tem irmãos que o maninho está em cativeiro, ou falar por telefone que tua filha corre risco de vida enquanto ela está do teu lado, é enorme. Acho que desistiram quando até minha avó escapou dessa: ligaram dizendo que o filho dela que morava longe (tenho um tio no Paraná) tinha sido seqüestrado. Nem assim deu certo, então, o negócio é mudar de tática.


O golpe do seqüestro virou piada.

A mania do momento - já há algum tempo - é a promoção. Em nome de uma empresa qualquer, o suposto funcionário cita um rol de prêmios a que a vítima tem direito, contanto que ela doe determinada quantia para os criminosos uma instituição de caridade. Como o negócio se dá em âmbito nacional, a bola da vez é a campanha Criança Esperança.

"Heim, ainda é muito mais difícil
"

Isso era o que eu sabia antes de minha estimada genitora ser mais uma "contribuinte." O negócio é muito mais ridículo. Hoje fiquei sabendo de outros detalhes, como a ligação ser a cobrar e a vítima ser instruída a passar álcool no comprovante de depósito. Não entendo porque a preocupação com a destruição da prova, visto que as contas em que se deposita o dinheiro, sim, são contas-relâmpago.

Mesmo desconfiada, e até um pouco relutante, a mãe caiu na primeira fase do golpe. Depois do depósito inicial - de 200 reais -, é pedida uma segunda doação, que corresponde a 1% do outro prêmio. Minha mãe foi contemplada com um prêmio muito bom e teria de depositar 800 reais na mesma conta.

Após o ocorrido, ela admitiu que não estava tão confiante na veracidade da situação, mas achou que valesse a pena arriscar 200 reais. Desembolsar 800 paus, no entanto, não rolava.

E cai a ficha

Ainda bem que, além da minha mãe, a ficha também caiu. Ao saber do fato, minha foi enfática ao dizer que obviamente era um golpe e fez a mãe ir ao banco verificar se não poderia haver mais riscos. Por precaução - embora o bancário tenha garantido que ninguém poderia ter acesso àquela conta - a mãe ainda transferiu todo o dinheiro para outro banco.

Depois, ainda foi à delegacia registrar o que havia acontecido. O policial que a atendeu disse que não tem o que fazer, e que é freqüente esse tipo de ocorrência. "Até minha mãe caiu", contou. Para a Delegacia de Fraudações e Falsificações do Ceará - Estado de onde normalmente provêm as ligações -, o processo é lento porque normalmente "os criminosos já são pessoas condenadas pela justiça", referindo-se a presidiários. Nem sempre.

Psicologia

Se eu fizesse psicologia, acho que me dedicaria a tal estudo. Depois de saber de tantas ocorrências do mesmo caso, apesar da divulgação corriqueira de crimes do gênero, só me resta imaginar que a alma do negócio é a abordagem.

Minha mãe é o tipo de pessoa que não preenche formulários eletrônicos, porque não acha seguro fornecer dados pela Internet. Por que diabos ela teria acreditado em alguém com sotaque de nordestino que conta uma história sem pé nem cabeça? Ainda, a mãe vive neurótica ocupada com afazeres de casa e sendo constantemente atormentada pelo meu sobrinho - que apesar de superfofo, é uma peste muito agitado. Jamais imaginaria que ela ia se prestar a ir ao banco de manhã, para garantir prêmios de uma promoção no mínimo duvidosa.

Um cabeludo, de preto, no Evani

"Aquele que caiu no golpe do telefone" já não especifica nada. É incrível a quantidade de gente que cai ou escapa por pouco, mesmo com tantos avisos. Será, então, uma questão de esperança e conseqüente vulnerabilidade?

Informação


Há algumas semanas, uma senhora em Rio Grande foi acometida pelo mesmo esquema. Por acaso, eu li o jornal no dia posterior. Lembrei imediatamente disso quando a mãe - lamentando ter sido burra, mas agradecendo que tenham sido apenas 200 pila - me contou a função toda.

Reativei um e-mail que tinha feito pra mãe e a cadastrei no site do Diário Popular. Coloquei atalhos da Folha Online e da Adote - com que ela contribui - no navegador, para facilitar-lhe o acesso. Pensei, hoje, que isso não teria acontecido se ela tivesse lido a matéria antes de poder se identificar com a história.

Mais eficiente que revistar visitas e bloquear sinal de celular em presídios, pode ser a informação. Não se pode falar em falta de aviso: o Google apresenta 145 mil ocorrências para golpe telefone promoção. Infelizmente, a Internet e a mídia impressa não estão dando conta.

Minha sugestão é um anúncio de advertência sobre o caso no intervalo da novela das oito. Já se chegou a dizer que é um problema de segurança pública; publicidade legal é baratinho, ia ser uma baita idéia - e auto-propaganda - o governo bancar isso.

1.6.08

"A cidade é nossa"

O artista Hamilton Yokota, conhecido por Titi Freak, fala sobre intercâmbio cultural, graffiti e a exposição Japan Pop Show, de que foi curador junto com Yumi Takatsuka. A exposição reuniu obras de doze artistas nisseis na galeria Choque Cultural, e foi encerrada em 30 de abril (seis dias após a realização da entrevista).


> Brasil/Japão:

O que tu consideras a grande diferença entre o cenário da arte de rua daqui e do Japão? Se puderes, contextualiza os dois, por favor.


São iguais, mas são diferentes! O graffiti tem a mesma idéia em qualquer lugar que seja, é fazer o seu trabalho com uma lata de spray na rua, legal ou ilegal! O que difere os artistas são os estilos, como eles colocam o trabalho deles com a rua, muitas vezes eu gosto de compor meu trabalho com o cenário que eu vejo na cidade.
Antes era complicado pintar na rua, hoje tá mais tranqüilo, depois de muita mídia em cima. No Japão nao rola isso, ou é ilegal ou legal, se pegarem você pintando algo que não tem autorização é multa brava ou cadeia!

Qual a importância de misturar tipos diferentes de arte em uma só exposição?

Exatamente isso, misturar e compor junto inúmeros estilos de uma certa idéia e que flua bem... e a idéia é as pessoas perceberem isso...

Fora a ascendência, que outros motivos te levam a essa aproximação com o Japão em específico?

A minha familia e minha cultura.

Há outros países com que tu achas que seria legal fazer esse intercâmbio?

Vários, acabei de voltar de um intercâmbio cultural de arte contemporânea da Franca... se você acha importante e acha que vai somar, tá valendo!


> Exposição:


Como está sendo a recepção da exposição, por parte do público?

A recepção era o que a gente estava esperando, pois não foi um trabalho do nada, foi pesquisado e montado certinho... e as pessoas que estão indo lá sabem que nessa expo iram encontrar essa
nova visão de artistas e usam e se integram no urbano...

Existe algum projeto que dê continuidade à idéia de unir as culturas brasileira e japonesa?

Por enquanto não! É muito corre! ^^


> Graffiti:

Até pelo teu h
istórico anterior ao graffiti, já trabalhaste profissionalmente com este tipo de arte. Há divergências de opinião sobre o uso comercial do graffiti. O que tu pensas disso, quais os prós e contras e como lidar com a situação?

Você tem que ter um certo controle daquilo que você está fazendo, se você quer fazer tudo e aparecer em qualquer lugar na mídia, vai chegar uma hora que seu trabalho, ou sua imagem vai se desgastar.
Eu não curto muito isso! Trabalho é trabalho, o que eu faço pra agência ou galeria, é trabalho; meu graffiti tá na rua, o que eu faço sem compromisso com ninguém...
Eu tento fazer os trabalhos que eu possa fazer, o que eu faço é usar o meu estilo. Mas isso é agora, depois de 20 anso de carreira como ilustrador e desenhista HQ...

Tens alguns exemplos de instalação no teu currículo. Como achas que diferentes tipos de arte de rua podem se complementar?

Tudo que está na rua se conversa... por isso!

Na maioria dos casos, falta apoio a artistas que se dedicam a mani
festações ditas marginalizadas. Como tu vês a situação?

Eu sei lá! Eu vou pra rua e faço o que eu quero, sozinho ou não! A cidade é nossa!

Tu achas que a aceitação do graffiti tem aumentado, visto o número de graffiteiros que vêm sendo reconhecidos?

Lógico! A molecada hoje quer ser graffiteiro, algumas mães falam que gostariam que o filho fosse um artista assim...
Tá tudo loko! Mudou tudo! Quando criança eu queria ser médico ou bombeiro...

Qual tua visão sobre os problemas legais referentes a arte de rua?

Poxa! Eu não tô muito a par dessas coisas, se tem problema ou não, ou se meu trabalho vai dar problema... se você pensar assim você não faz! Por isso, se tá com vontade vai lá e faz.



:: Links externos: Site | Blog | Fotolog | Orkut


* A entrevista acima foi publicada no blog Jornalismo Digital (:, meu blog de aula. Falei com o Titi Freak dia 24 de abril, quando a exposição ainda não tinha acabado d: Mas o cara é tri e acho que ainda vale a pena ler.

29.5.08

Eu sou um dos 13.470

Provavelmente já seja maior o número de brasileiros que confirmaram o download do Firefox 3 no Download Day 2008. No mundo todo, já há pelo menos 231.381 indivíduos comprometidos a baixar a nova versão na data de lançamento, ajudando a Mozilla a estabelecer o recorde de software mais baixado em 24h.

No Brasil, pelo menos 13.470 pessoas pretendem participar do Download Day 2008.

Ainda não foi divulgada a data do lançamento; quem se comprometeu vai receber um e-mail. Eu já me garanti (: E a proposta deles é ainda mais legal porque provoca propagandas gratuitas, como esta postagem e a raposinha no menu lateral.

Prévia

Quem não agüentar quiser esperar até o Download Day 2008 para conhecer o novo Firefox, pode conferir as considerações de Alex Primo sobre o programa. O professor da UFRGS testou a versão beta do navegador.

28.5.08

Horário (Nada) Nobre

Quando saio cedo da faculdade, venho pra casa cheia de planos para este tempo "livre", mas freqüentemente tomo café e vejo TV com minha mãe. Nossos horários não colidem e, assim, pouco nos falamos, então acho que vale a pena assistir a programas de merda para estar perto dela.

Inevitavelmente, eu fico reclamando do que vejo. Por exemplo, acho absolutamente incoerente que a Maria Paula fique com o magrão que roubou dela, como o tem sido encaminhado pelo Aguinaldo Silva. Depois de ouvir minhas reclamações sobre a novela, a mãe mudou para o Astros - a imitação pouco descarada do American Idol, feita pelo SBT depois que a emissora não quis pagar os direitos deste programa.

Paramore no Silvio Santos

Entre os finalistas de hoje, teve uma mina que fez cover de Paramore. Talvez seja ignorância minha, aliás, provavelmente seja... eu não esperava ouvir Paramore no "Brazilian Idol".

General Sih tocou Crushcrushcrush - cortada - e foi bem legal, na minha leiga opinião. Talvez menos que leiga; o Robertinho diria que não sou parâmetro porque gosto de tosqueira.

Um daqueles jurados que forçam críticas disse que não sabia onde ela queria "chegar cantando em inglês." Faça-me o favor, um programa que se propõe a inventar descobrir artistas e exige - ou permite (informação chutada) - que eles façam cover não tem a mínima moral para esse tipo de reclamação.

Precedente

Só que o cara não falou isso baseado apenas no que eu tinha visto, obviamente. Encontrei o vídeo da primeira prova dela, em que a menina diz que também compõe em inglês.



Mesmo assim, achei sem cabimento o comentário dele. Não que eu tenha uma opinião formada sobre isso, nem sobre a guria. Talvez seja uma aversãozinha ao programa mesmo.

24.5.08

We take the best and we spit out the rest

Clipe novo do Pennywise.




Em algum lugar li um comentário que dizia que era "mais uma música igual a todas do Pennywise." É verdade. E eu acho isso ótimo.

16.5.08

Atrack volta à Argentina com nova formação*

Igor Paiva, guitarrista da Atrack - banda de hardcore melódico de Porto Alegre/RS - fala sobre a nova formação do grupo e a turnê na Argentina.


NOVA FORMAÇÃO

A Atrack mudou recentemente de formação. Podes falar um pouco disso?

Sim! Era algo que já estavamos pensando havia um bom tempo. Foi um tanto estranho materializar o que já pensávamos desde o início de 2007 pois sempre que abordávamos o assunto tratávamos como uma piada. Foi então que a concepção surgiu de forma real no momento que entramos em estúdio e iniciamos a tocar as músicas nóvas. Pressentimos que o vocal do Felipe não soaria tão bem quanto nos trabalhos anteriores. Foi então que surgiu a Chris no nosso caminho.

Como foi o processo pra encontrar uma pessoa que se encaixasse bem em um estilo de som que a banda já fazia?a

Na verdade, deixamos sempre bem claro que seríamos radicais na mudança que faríamos. Foram 10 anos de Hardcore e Punk Rock melódicos. Sentimos a necessidade da mudança mas reservando a essência. Fizemos alguns convites mas não chegamos a realizar "testes" com as pessoas que convidamos, até porque algumas sentiram-se um tanto intimidadas...

Tudo foi uma questão de não estar-se aberto para o novo. Felizmente a Chris aceitou o desafio. Sabiamos que ela já tinha uma outra Banda (Blasé) e procuravamos uma mulher com as caracteristicas dela: na nossa faixa etária de idade, timbre de voz, e presença. Pensamos em tudo isso para evitar rotulações que são inevitáveis. Para nossa sorte ela aceitou o desafio e está mandando muito bem pois tem uma personalidade forte e gosta de desafios.


ARGENTINA

Vocês voltaram recentemente da Argentina, e essa não foi a primeira vez que estiveram lá. Podes me falar sobre tocar no exterior e sobre como foi esta última turnê, já com a Chris?

A Argentina é uma vibe diferente daqui do Brasil. O povo lá é bem menos preocupado com algumas coisas com que os brasileiros se preocupam muito. Além de cordiais e demostrarem um respeito enorme pelos brasileiros, os argentinos são devotos do underground no sentido mais roots da palavra. Aqui temos uma galera mais preocupada em aparecer no cenário e valorizar o que é vindo de fora. Típico de um cenário onde 80% do público que frequenta os shows são formados por pessoas de bandas.

Lá não funciona dessa forma. Os shows são baratíssimos para se frequentar. As pessoas comparecem e assistem a todas as bandas.

Fomos muito bem recebidos nas duas vezes. A primeira marcou uma grande presença para o nome da banda nos lugares em que tocamos. Digo com toda certeza que dessa vez agregamos mais e a Chris foi grande responsável por isso, pois, teve um país de lingua diferente como show de estréia e nas 4 apresentações mandou muito bem sem se importar com fatores extra. Tenho certeza que por outubro/novembro, quando voltarmos, será ainda melhor e agora com uma identidade já estabelecida.

Rolou um intercâmbio com bandas de lá, para que venham tocar no Brasil?

Está para rolar! Creio que os nossos amigos do Desperta Tu Miente virão até o final do ano. Outros grandes amigos de uma banda chamada Inadaptadoss vieram recentemente e fizeram uma tour com o pessoal da Jay Adams. Creio que assim as coisas vão acontecendo. A verdade é que existem bandas muito boas na Argentina. Deveríamos dar mais atenção a um cenário que é bem interessante como o deles, até porque é bem surpreendente o quanto eles conhecem do cenário brasileiro.


MÚSICAS NOVAS

As faixas do single "Eu, cinema" estão no MySpace; já existem planos para CD novo?

Sim!!! Serão 10 faixas inéditas. Estão quase todas prontas. Faltam apenas alguns arranjos para a voz. Acreditamos que até o final de maio estaremos com tudo pronto!

Vai rolar turnê de lançamento?

Acreditamos que sim! Tem algumas coisas já sendo marcadas para o segundo semestre já. Aos poucos estamos enchendo a agenda!


:: Links externos: MySpace | MP3.com | Fotolog | Orkut


* A entrevista acima foi publicada no blog Jornalismo Digital (:, meu blog de aula. Falei com o Igor dia 23 de abril, quando a Atrack tinha recém voltado da Argentina (chegaram dia 22 do mesmo mês).
Ainda assim, acho que ainda não perdeu a validade.

11.5.08

Identificação


Tornei-me fã do Lev Yilmaz através do Tales of Mere Existence no YouTube. Certamente vai rolar um post decente mais elaboradinho no futuro.

6.5.08

Impressões Prévias

Eu já devia ouvir AM há muito tempo. Mas admito: não ouço. E não é preconceito com a amplitude modulada - já faz tempo que minha relação com rádio se resume às aulas do Malhão.

Hoje, depois de ter brigado com um rádio quase portátil que tem aqui em casa - e ter sido derrotada por ele - fui para a Internet catar as rádios que já disponibilizam a transmissão por esse meio. Talvez todas, mas repito, ando radialisticamente desinformada.

EXPERIÊNCIAS

Primeiro foi a Rádio Universidade (1160 KHz). Surpresa: caso Isabela. Achei interessante, porém, que o apresentador estava fazendo um paralelo entre esse caso e o caso Susane Von Richthofen, que - pra quem não lembra - planejou a morte dos pais em 2002. Falávamos sobre Fait Divers na aula de Jornalismo Digital, e a relação entre os casos foi citada como exemplo para o tipo coincidência por antítese. Aliás, pra mim, outra coincidência oposta entre os casos é que Susane confessou, e o casal Nardoni/Jatobá está demorando.
Gostei dessa parte. Mas em seguida rolou uma música, e a proposta era ligar pra lá pra dizer de que novela a música fazia parte. Acho que eu era a única ouvinte que sabia que era d'O Clone, porque depois de muito tempo, ninguém tinha ligado ainda. Como não os ouvi falar em prêmios, eu que não ia passar por noveleira no ar.

Minha segunda tentativa foi a Gaúcha AM (600 KHz). Ficou na tentativa: o player da Gaúcha não funciona aqui! Aliás, queria saber qual o problema da RBS com meu querido computador, porque nenhuma das rádios da rede tocou aqui.
Antes que me perguntem: eu desbloqueei as pop-ups do endereço deles, e esta é a única recomendação em relação ao Firefox.

Depois, a Tupanci (1250 KHz), e em seguida a Cultura AM (1200 KHz, não sei se "pega" em Pelotas). Nos dois casos, era um programa musical. Ótimo, mas não era isso o que eu procurava. Particularmente, para ouvir música prefiro eu mesma escolher.

Finalmente, estou ouvindo a Guaíba AM (720 KHz). O programa é Plantão Esportivo, mas mesmo não entendendo estou me divertindo. Tem um jogador do Grêmio lá, e um ouvinte mandou a seguinte pergunta: "Tu estavas brincando quando falaste que o Grêmio ia disputar o Brasileiro, né?".

PROVISÓRIO

Estou registrando minha primeira impressão, mas sei que provavelmente ela mude conforme eu vá ouvindo mais rádio. E eu vou ouvir, é bom.

PROPAGANDA

Depois de tudo, a propaganda: às 22h45, na Rádio Universidade (1160 KHz - Pelotas e arredores), tem o programa Giro da Notícia. O Giro da Notícia é feito pelos alunos das disciplinas de Radiojornalismo I e II, e o programa de hoje (06 de maio) vai ser apresentado por mim. Quem tiver coragem pode ouvir também pela Internet.

3.5.08

Estaremos postando assim que estiverem nos atendendo

Telemarketing é a profissão alheia que você mais detesta.



Não é pra ser uma denúncia, mas é meio inevitável. O telemarketing anda tão mal visto que até a Associação Brasileira de Telemarketing mudou o nome para Associação Brasileira de Telesserviços. Seja qual for o motivo, a retirada da palavrinha proibida deve ajudar na imagem organizacional.

A ABT diz que "somente nos três últimos anos este setor [telemarketing] alcançou 235% de crescimento, tornando-se um dos maiores empregadores do país." Dado o crescimento no número de ligações inconvenientes que recebemos, é fácil acreditar. Mas vale citar que a mesma Associação afirma que "as empresas brasileiras possuem [...] mão-de-obra capacitada." Isso é bem questionável.

A quem interessar, o site da ABT também disponibiliza
o Código de Ética do Programa de Auto-regulamentação do Setor de Relacionamento com Clientes e Consumidores.


GRAVAÇÕES


Para ser atendido por uma pessoa que finge ser uma máquina, precisamos ouvir por muito tempo uma máquina que finge ser uma pessoa.

São seis minutos apertando diferentes números do nosso telefone e ouvindo a musiquinha que parece nos dizer "não vais conseguir não te irritar". Pelo menos, passamos a conhecer todas as promoções da empresa.


NOME DE GUERRA

Liguei para a Brasil Telecom, para mudar meu plano de Internet. No suporte, a Vanessa me atendeu. Lembrei da minissérie O Sistema, em que todas as atendentes se chamavam Regina. Nos casos reais, acho que eles têm de mudar o nome constantemente.

Será que fora do horário de expediente eles não se confundem entre o nome real e o "nome de guerra"? Tele-marketing parece ser uma coisa como as Forças Armadas, com a diferença que o "nome de guerra" dos atendentes parece ser transitório, dos militares não é.


ESTRATÉGIA


Uma vez, uma colega disse ter uma estratégia para evitar a espera óbvia típica de quando queremos cancelar um serviço. Ela liga e pede para aderir a algum serviço, e quando é atendida pede para ser transferida para o cancelamento. Comigo não funcionou, e eu nem tinha ligado com essa intenção.

Vanessa me deu valores bem superiores aos que eu tinha visto no site - pesquisei antes de telefonar - e me explicou que aqueles eram valores para novos assinantes. "Não estamos oferencendo nenhuma promoção hoje, senhora." Embora eu já esperasse isso, reclamei da incoerência.

Aí veio a idéia:
"Vanessa, e se eu cancelar e reassinar - tendo direito então, aos planos expostos no site - quanto tempo fico sem Internet?"
"Não sei responder, senhora. A senhora vai ter de estar ligando para o cancelamento."
"Então me passa pra lá."
"Não posso, senhora. A senhora vai ter de estar fazendo novamente a ligação."

A imagem foi retirada do Scrapbia, que também faz um relato sobre o telemarketing.

Pô, não pode me passar pro cancelamento?! Aposto que se eu dissesse: "Vanessa, minha irmã aqui também quer assinar na casa dela", ela responderia: "Certamente, senhora, esteremos transferindo a senhora para o setor de vendas."


NÃO MALTRATE ATENDENTES DE TELEMARKETING

Estão se tornando comuns tutoriais para se livrar ou se vingar do telemarketing. O Gii Blogconselhos do tipo, bem como o Idéia Fix, que garante que suas dicas são originais.

Até a Superinteressante já publicou formas de fugir do telemarketing. Na seção Supermanual da edição 232, de novembro de 2006, o título era "Como driblar o telemarketing".

Em novembro de 2006 a Superinteressante publicou dicas para driblar o telemarketing.

No entanto, Ana Maes diz já ter passado pela experiência, e por isso pede que não maltratemos os atendentes. Eu sou supercompreensiva, principalmente no que se refere a trabalho, jamais faria isso de qualquer forma. Embora morra de vontade de usar só o gerúndio quando falo com eles.

Ainda assim, admito que quando a Vanessa disse que eu teria de estar fazendo novamente a ligação, pensei, "porra, Vanessa". Não falei nada, até porque no início da nossa conversa, tinha explicado que não reclamava pra ela nem dela, porque entendia que a estrutura é que era mal feita e que sabia que ela estava apenas trabalhando.

Os atendentes de telemarketing devem sofrer muito com reclamações sobre problemas que eles não podem resolver. Mas quem espera que a solução venha de alguém que não tem autonomia nem para não usar o gerúndio?


CANCELAMENTO

Arrependo-me por não ter calculado o tempo que levou para ser atendida pelo cancelamento.

O Diego (ou Diogo) foi quem me atendeu. Expliquei tudo de novo. Magicamente, o Diego me apareceu com um plano promocional legal. "Tá ótimo, Diego, é esse mesmo." Mais magicamente ainda, o Diego me ofereceu a opção de não reduzir minha velocidade mas me dar 50% de desconto. Como assim? "O Diego é o anjo do telemarketing."


PESQUISA

A máquina que finge ser uma pessoa pede para que respondamos uma pesquisa após o atendimento. Nada mais adequado - e arriscado - para uma empresa que adota o telemarketing. Porém, a pesquisa só avalia o atendente, não o serviço. Que falcatrua, heim?

"Certo que o Diego vai se dar na pesquisa", pensei, porque deve ser difícil algum atendente receber nota dez. E eu ia dar dez pra ele sem titubear, porque até me desejou saúde quando me ouviu espirrar.

Pra minha surpresa, a pesquisa consistia em uma pergunta: "Sua solicitação foi atendida pelo atendimento?" Opções: sim e não.

Inteligentemente incompetentes. Isso que eu queria confirmar quando quis fazer meu artigo de Comunicação Organizacional sobre telemarketing, e a Margareth não achou uma boa idéia. Toda a estrutura de atendimento é feita para ferrar o atendente e não questionar a empresa que a organiza. Não pode existir alguém que acredite, sinceramente, que esta pesquisa seria eficaz. É uma forma de se livrar da responsabilidade sem efetivamente fazer diferença, o famoso "tapar-furo".

2.5.08

Tentativa Frustrada

Ficou sério demais. Tentei mudar alguma coisa no blog, fiz bobagem, não consegui consertar e tive de mudar tudo mesmo. Aí, ficou sério demais. E não foi só por isso que não gostei.

Amanhã, prometo tentar arrumar. Por que "consegui" mudar meu blog de aula e não consigo dar jeito neste?

De amanhã não passa, mesmo. Existem motivos que me obrigam a dar o prazo: (a) tá ridículo, e já falei sobre como isso me incomoda; (b) prometi não postar (isto é uma exceção) enquanto não deixasse o blog mais ou menos bonitinho; (c) o lugar em que trabalho fez feriadão, se não aproveitar pra fazer isso agora não sei quando terei tempo novamente.


P.S.: Esta postagem não vai fazer sentido se eu realmente conseguir mudar o template.

13.4.08

Confusões Divertidas

Comentário bobo, mas que me fez rir.

Acabei de fazer a segunda ficha de leitura pra entregar pro Manoel Jesus, meu professor de Redação em Jornalismo III. Queria que a ficha fosse sobre O Caçador de Pipas, mas tô recém na metade do livro que comecei a ler na última segunda.

Para facilitar as coisas, fiz sobre A Revolução dos Bichos, do George Orwell. O Manoel vai me a achar a maior fã de Orwell, visto que a primeira ficha de leitura que entreguei foi sobre 1984. Gosto mesmo do autor, mas tendo lido apenas esses dois livros e o inicinho do minúsculo Pages from a Scullion's Diary (que já é um pedacinho do Down and Out in Paris and London), não me considero digna de ser chamada de fã. Nem mesmo por receber a newsletter do Duplipensar.net, ainda não me considero digna de ser chamada de fã.

Esclarecimentos feitos, vamos a falar bobagem. Como a burrinha aqui usa princípios de resenha pra fazer uma ficha de leitura, queria colocar a referência bibliográfica no topo do meu texto. Com o título do livro, os resultados do Google eram em maior parte artigos e resenhas a respeito. Aí, resolvi tentar com o ISBN. Foi então que a calculadora, cheia de boa vontade, fez a conta pra mim.


Isso me lembrou a propaganda antiguérrima dos Classificados Zero Hora, do 0800-90-4222. Quem não tem uma mémória publicitária como a minha ou não é tão velho quanto eu, desculpem, procurei horrores pela propaganda mas não encontrei. Enfim, um cara dava esse número de telefone e o outro respondia o resultado da soma: 0800 + 90 + 4 + 2 + 2 + 2 = 900.

9.4.08

Não gosto de crianças mesmo

10



Esse é mais bobo, mas a atração pela inutilidade foi mais forte.
Sugestão do cara do Mas até eu....

Que vergonha, fico planejando postar coisas sérias e acabo só com bobagens.

8.4.08

Bombando

$5275.00The Cadaver Calculator - Find out how much your body is worth.


Tô bombando, a última vez que tinha feito esse teste (em 30/ago/07), meu cadáver valia apenas $4355. Talvez tenha sido o crescimento do meu cabelo, entre outras coisas.

27.3.08

Bateria Itinerante

Na volta da faculdade, passei por uma "charanga em movimento". Tudo bem, uma charanga está em constante movimento, mas eles desciam a Dom Pedro II tocando e tal. Pior é que, enquanto as pessoas nas paradas de ônibus faziam caras curiosas, e normalmente feias, eu estava achando divertido.

Acho que
dá um ânimo ver gente feliz. E os caras eram ótimos: não sou muito de batucadas e afins, mas tava tri bonito e bem coordenado.

Quando cheguei perto, mais organização ainda. Eles estavam uniformizados, e nas costas das camisetas pretas sem mangas tinha a inscrição
Bateria Show. Procurei fotos e informações, para ilustrar e fundamentar o post, respectivamente; mas não encontrei nada muito específico. Convenhamos que o nome não é lá muito original, visto que precede o nome de vááárias baterias. Provavelmente, o complemento estivesse na frente da camiseta, mas não os vi de frente.
Esta foto, da Daiane Peixoto, é da Bateria Show Senegal. Se o chute não estiver certo, pelo menos foi a foto de bateria mais bonita que eu encontrei.

Vou boicotar a pirâmide invertida e deixar para o último parágrafo o que foi mais incrível. Embora eu costume dizer que
a audição deve ser respeitada, porque não se tem a opção de não ouvir as coisas (odeio carros de som publicitários, por exemplo), curti a idéia deles. E o mais legal foi que quando cheguei em casa, eles estavam por aqui! Pelo jeito, os caras vieram tocando, passaram pelo meu bairro e seguiram caminho (pelo menos foi o que pareceu de acordo com o som). É uma forma de animar-se e animar quem tá por aí - bem como de emputecer algumas pessoas, que tentam dormir ou se concentrar. Não deixa de ser válido.

7.1.08

Torta de palmito e afins

Como tive de estender meu período aqui em Porto Alegre, consegui pegar dias não tão quentes, como hoje (em que a temperatura máxima é de - apenas - 32°). Então, finalmente, fui conhecer um dos restaurantes vegetarianos de uma lista fornecida pela Sociedade Vegetariana Brasileira de Porto Alegre.

Fui ao Nova Vida. Mais que um restaurante, é um complexo de coisas alimentícias naturais - embora sirvam gelatina de origem animal. Pedi pra levar. O buffet livre era meio caro pra uma pessoa que não come tanto assim, como eu - mas dá direito a suco e sobremesa.
Cara, maravilha. Talvez seja difícil para carnívoros entender a felicidade que um vegetariano do interior sente ao poder se servir de torta de palmito, bolinho de repolho e panqueca de moranga. Pra quem tem de comer praticamente só salada de batata (isso se for sem frango desfiado, ainda) quando vai almoçar fora, aquilo era o paraíso.

Apesar do deslumbre, tenho de ser sincera. Pra um lugar totalmente vegetariano, deixa um pouquinho a desejar. Eu adorei porque gosto de "porcarias", como bolinhos e tortinhas - além do almoço, comprei uma quiche de espinafre pro café da tarde. Tirando essas bobagenzinhas, o almoço se resume a arroz, sopas e bife de soja, além de brócolis e outros vegetais que são comidos "sozinhos".
Mesmo assim, tá mais que ótimo. É complicado exigir muita variedade de um lugar com público relativamente restrito, pois pode resultar em desperdício.